PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
O projeto de pesquisa ora intitulado “Esse Rio é Minha Rua: A escola e o bairro na conservação dos recursos hídricos” é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará/ FAPESPA e Secretaria Executiva de Educação/SEDUC. A EEEFM Dr. Mário Chermont se localiza na bacia hidrográfica da Estrada Nova, que corresponde a 16% da área urbana de Belém, sendo contígua à bacia do Una e à bacia do Tucunduba. Na bacia da estrada nova, e em outras da cidade, verificamos os constantes problemas de alagamentos à época de chuva, causados, dentre outros motivos, pela obstrução dos canais com lixos e entulhos como carcaças de sofá, geladeira, telefone público, aros de bicicleta, animais mortos, pneus e até sucatas de carros. Aliado ao alto índice pluviométrico, os canais que estão entupidos não conseguem escoar a água da chuva, formando pequenos lagos nas ruas, avenidas e travessas de Belém.
Este trabalho objetiva compreender como o processo de ocupação populacional às margens dos canais da bacia da estrada nova (próximos à escola) contribuíram para a degradação do curso d’ água e como as populações são afetadas por esses usos. Partimos da hipótese de que a relação da comunidade com o canal é complicada, tendo em vista que o rio acaba sendo um simples depositário de tudo o que é lixo, de tudo o que a população não quer. Assim, objetivamos compreender esta relação para podermos contribuir com uma reflexão mais abrangente sobre a apropriação do espaço geográfico e os problemas socioambientais decorrentes desse uso. A metodologia desenvolvida consiste em: levantamento bibliográfico, tratamento do material pesquisado por meio de debates, resumos, elaboração e análise de gráficos, imagens e outros, bem como levantamento de dados em campo, e em etapa posterior pretendemos elaborar material educativo para área da comunidade escolar. O conhecimento por parte dos alunos sobre as características, a história e o perfil socioeconômico do bairro, permite a compreensão da caracterização do espaço de estudo, permite a compreensão do processo de organização espacial, tão fundamental na análise geográfica. É preciso que o cidadão reconheça o espaço em que vive, entenda-o como construtor deste, para que então se enxergue como participe ativo nos processos de mudanças e permanências das realidades em questão.
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